A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que são necessários depoimentos de seis pessoas para aprofundamento do inquérito que investiga o presidente Michel Temer por conta das delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht.
Também são investigados os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia). Polícia Federal e Procuradoria-Geral da República querem ouvir:
► Marcelo Odebrecht, dono da Odebrecht;
► Fernando Migliaccio, ex-funcionário da Odebrecht;
► Ibanez Filter, ligado a Eliseu Padilha;
► Vinícius Claret, doleiro conhecido como Juca Bala, suspeito de lavar dinheiro no esquema de Sérgio Cabral;
► Cláudio Barbosa, doleiro suspeito de lavar dinheiro no esquema de Sérgio Cabral;
► José Eduardo Cavalcanti de Mendonça, marqueteiro Duda Mendonça.
A informação está em documento no qual Dodge concorda com a prorrogação da apuração por mais 60 dias. O pedido para ouvir as testemunhas é da Polícia Federal e foi corroborado por Raquel Dodge.
A procuradora afirma que ainda que a Polícia Federal também precisa analisar os celulares utilizados à época pelos delatores Cláudio Melo Filho e José de Carvalho Filho, da Odebrecht.
“A Procuradora-Geral da República requer a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito epigrafado, por mais sessenta dias (…) considerada a existência de diligências pendentes e necessárias ao deslinde das investigações”, afirma o documento.
A decisão sobre mais prazo para a apuração será dada pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF.